sexta-feira, 15 de agosto de 2025

VISITA GUIADA À PRAÇA DAS GAMELEIRAS E À IGREJINHA NOSSA SENHORA DA PIEDADE

 




PRAÇA DAS GAMELEIRAS - ALUNOS DA ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ ALVES DE OLIVEIA - MORADORES DA PRAÇA (MARIO DE CIDÃO, GONGUEIRO E DONA ANA, FILHA DE ALCIDES COQUEIRO, PLANTADOR DAS GAMELEIRAS)














HISTÓRIA DA PRAÇA DOS ESTUDANTES

(PRAÇA DAS GAMELEIRAS)

 

A Praça dos Estudantes, criada pela Lei Municipal nº 141 de 11/05/2001 e reconfirmada pela Lei Municipal nº 375 de 30/09/2014, mais conhecida como Praça das Gameleiras, foi urbanizada em 2015, no mandato do prefeito Wilton dos Santos Souza.

Anteriormente denominada como Praça Bonfim, por ser o local onde está localizado o cemitério local e posteriormente conhecida também como Praça das Gameleiras, devido às grandes árvores Gameleiras plantadas na praça.

A origem das Gameleiras, deve-se ao fato de um morador do local, Sr. Alcides Mendes de Oliveira (Alcides Coqueiro), pedreiro e marceneiro, ter plantado as árvores de Gameleiras com o objetivo de proporcionar sombras para o “jirau” onde ele serrava as madeiras para a sua marcenaria, Quem relata esta história é o Sr. Delcides Rodrigues de Almeida, residente no local desde 1981. Ele conta que quando se instalou na praça, as Gameleiras já existiam e o Sr. Alcides Coqueiro ainda possuía o seu “jirau” de serra de madeiras, debaixo das Gameleiras.

Desde 2006, os Encontros de Cavaleiros são realizados sob as sombras das Gameleiras. Em 2011, foram pavimentadas as ruas em torno da praça. Em 2015 foi urbanizada a praça, já com o nome de Praça dos Estudantes, que passou a contar com calçadas, meios-fios, jardins, bancos, mesas e luminárias, como se encontra atualmente.

A denominação de Praça dos Estudantes, deve-se ao Colégio Estadual Tenente Felismino Henriques de Souza estar localizado na praça e o embarque e desembarque dos estudantes da zona rural ser feito em volta da praça.

 

Fonte: Texto e Pesquisa - Venilton Henriques Coelho 




IGREJINHA - ALUNOS DA ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ ALVES DE OLIVEIRA, PROFESSORAS E PALESTRANTES









ELZA, FILHA DE DINO DE DONA BERNARDA



HISTÓRIA DA IGREJINHA E DA IMAGEM DE NOSSA SENHORA DA PIEDADE

(Co Padroeira de Santa Cruz de Salinas)

 

      A Comunidade de Santa Cruz de Salinas ergueu um cruzeiro no alto do morro da Vila, na estrada para a Pedrona, nos idos de 1920, o qual passou a ser utilizado para o cumprimento de promessas.

      Na época das secas, para pedir chuva, a tradição era a realização de procissões com a imagem de Nossa Senhora da Piedade, com o ato simbólico de regar o cruzeiro com água, como forma de pedir chuva. Uma oração comum era dirigida a Deus, pedindo chuva e alívio para a seca e, também, penitências. A penitência consistia em carregar pedras retiradas das beiras dos córregos e levar até o cruzeiro.

      Com o costume de levar pedras e água para as penitências, as pedras foram se acumulando em volta do cruzeiro. Com o passar dos anos e o acúmulo das pedras, a população viu que as pedras eram suficientes para construírem as bases de uma pequena igreja no local.

      Em 1938 iniciou-se a construção da Igrejinha, no alto da serra, por iniciativa da Senhora Umbelina (concubina do Tenente Felismino Henriques de Souza), com o apoio da comunidade. Fizeram os alicerces e levantaram as paredes. A construção foi paralisada faltando telhado, reboco e calçadas.

      A construção esteve paralisada até o final dos anos 50, quando, por iniciativa do Sr. Martinho Rodrigues Coelho, com a participação da comunidade, foram realizadas “As domingas”, que eram quermesses com mesas de leilões, para angariar fundos objetivando finalizar a construção da Igrejinha. Essas festas eram realizadas no 1º Domingo de cada mês, daí o nome “As Domingas”.

      Durante as secas, as Sras. Elvira Pinheiro de Souza e Maria de Nezinho, continuaram organizando procissões, como forma de penitência, que saiam da fazenda do Sr. Chico Xavier, trazendo água e pedras para depositarem aos pés do Cruzeiro. Com o passar do tempo essas procissões passaram a ser feitas no percurso do Cemitério até o Cruzeiro. As pedras depositadas nos pés do Cruzeiro, novamente foram utilizadas para as calçadas e a Igrejinha foi finalizada, com a renda das “Domingas”.

               Construída a Igrejinha, trouxeram um carpinteiro de Vitória da Conquista – BA, para construir o altar. Após a conclusão da Igrejinha e do altar, a imagem de nossa Senhora da Piedade (uma réplica da Pietà de Michelangelo, uma escultura renascentista que retrata a Virgem Maria segurando o corpo de Jesus Cristo após sua crucificação) chegou à cidade, vinda de caminhão até o Saltador (18 km da cidade) e acabando de chegar em carro de bois, conduzido por Dino de Dona Bernarda, (pai de Elza, Damiã e Manoel), acompanhado do seu filho José.        

      A imagem foi uma doação do casal Antônio Henriques de Souza e dona Ana Batista de Souza, para a Igrejinha.

      Com a passagem dos anos e falta de manutenção, a Igrejinha e a imagem de Nossa Senhora da Piedade foram se deteriorando.  50 anos depois, foram feitas a restauração da Igrejinha e da Imagem de Nossa Senhora da Piedade. O antigo altar, antes de madeira, foi destruído por cupins e substituído por outro de granito.

   A imagem de Nossa Senhora da Piedade foi totalmente restaurada pela Sra. Maria Belmice Sarmento de Castro, cunhada do Arcebispo de Montes Claros, Dom Geraldo Majela de Castro, que foi o primeiro arcebispo da arquidiocese e faleceu em 2015. Desta vez, a imagem, após restauração, retornou à cidade, não de carro de bois e sim numa grande carreata, fazendo o mesmo percurso anterior, da BR-251 até a Igrejinha (12 km). E outra coincidência, a restauração da imagem e da Igrejinha, foi comandada pela Senhora Elcy Neres de Souza, segunda esposa e viúva do Sr. Antônio Henriques de Souza


Fonte: Texto e Pesquisa - Venilton Henriques Coelho e professora Maria Cleuza da Costa