Ex-prefeito e vereador vão para a cadeia
 
http://globotv.globo.com/inter-tv-mg/mg-inter-tv-1a-edicao-grande-minas/t/veja-tambem/v/operacao-da-pc-novos-caminhos-prende-6-pessoas-em-santa-cruz-de-salinas/2563847/
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http://www.redetv.com.br/seligabrasil/video/334522/ex-prefeito-de-santa-cruz-de-salinas-mg-e-preso-pela-pf.html
http://globotv.globo.com/rede-globo/bom-dia-minas/t/edicoes/v/cinco-pessoas-sao-presas-durante-operacao-da-policia-federal-no-norte-de-mg/2565605/
http://globotv.globo.com/inter-tv-mg/mg-inter-tv-2a-edicao-grande-minas/v/operacao-da-pf-prende-cinco-pessoas-de-santa-cruz-de-salinas-no-norte-de-minas/2564799/
http://globotv.globo.com/inter-tv-mg/mg-inter-tv-1a-edicao-grande-minas/t/veja-tambem/v/operacao-da-pc-novos-caminhos-prende-6-pessoas-em-santa-cruz-de-salinas/2563847/
Ex-prefeito e vereador vão para a cadeia
 
 
O
 município de Santa Cruz de Salinas tem 4,6 mil habitantes, sofre com a 
seca, teve o presidente da Câmara eleito de dentro da cadeia e o 
ex-prefeito acusado de roubar até o dinheiro para levar água potável 
para comunidades rurais. Lá, existem “os donos da cidade”. Ontem, eles 
acordaram com a Polícia Federal comunicando-os que estavam presos, em 
virtude de oito anos de governo suspeito de corrupção. Fora desencadeada
 a operação “Novos Caminhos”. 
A
 cidade, localizada no Norte de Minas, é uma das mais pobres do Estado. 
Os acusados são o ex-prefeito Albertino Teixeira Cruz (PSDB) – cujo 
mandato teve fim em dezembro do ano passado - , sua esposa, Marilda 
Alves Cardoso, seu irmão, o vereador e presidente da Câmara, Manoel 
Teixeira da Cruz, o empresário Evandro Garcia Leite e outras duas 
pessoas, sendo uma servidora pública municipal. Todos foram presos ontem
 e encaminhados ao presídio de Montes Claros. 
Investigação
 do Ministério Público Estadual mostrou que a quadrilha teria desviado, 
ao longo de oito anos, cerca de R$400 mil dos cofres do município. “O 
prefeito Albertino e o irmão Manoel (presidente da Câmara) lograram 
êxito em transformar ambos os poderes municipais numa espécie de 
‘consórcio familiar’, o que serviu para intimidar e amedrontar a 
população local impedindo ou dificultando  qualquer reação por parte dos
 moradores de Santa Cruz de Salinas, bem ao estilo dos antigos currais 
eleitorais”, acusou o MP, na ação que motivou os pedidos de prisão e que
 o Hoje em Dia teve acesso. Eles são acusados de fraudar licitações em 
conluio de empresários. 
Reincidente 
No
 grupo está Evandro Garcia Leite, apontado como líder de uma quadrilha 
presa em outra operação, a Máscara da Sanidade. Aquele esquema teria 
lesado prefeituras da região em R$100 milhões. 
Leite,
 bem como presidente da Câmara, foram presos em junho do ano passado. 
Porém, foram liberados em fevereiro deste ano. A empresa do acusado 
teria contratos de limpeza urbana superfaturados com a prefeitura de 
Santa Cruz de Salinas. 
Manoel
 Teixeira da Cruz concorreu à reeleição de dentro do presídio. Ganhou e 
assumiu o cargo quando saiu da cadeia, em fevereiro. Foi eleito 
presidente da Câmara e, segundo o Ministério Público, manteve o cargo 
para perpetuar o esquema criminoso desafiando até mesmo a Justiça. 
O dinheiro das licitações fraudadas, segundo o MP, era dividido pela quadrilha. 
Eles
 respondem pelos crimes de quadrilha, fraude em licitações, lavagem de 
dinheiro, peculato e desvio de verbas públicas. As penas podem chegar a 
30 anos de prisão. A Polícia Federal ainda cumpriu, ontem, seis mandados
 de busca e apreensão e quatro de afastamento cautelar das funções 
contra servidores públicos suspeitos. 
Dinheiro de obra para levar água a local carente teria sido desviado
Para
 controlar as licitações, supostamente fraudadas, o ex-prefeito 
Albertino Teixeira da Cruz escalou a esposa para comandar a Comissão de 
Licitações, acumulando o cargo com o de Secretária de Administração. 
Uma
 das empreitadas criminosas, segundo o MP, foi a simulação de uma obra 
para levar água potável a uma comunidade rural, atingida pela seca. 
“Chegaram a privar comunidades inteiras de ter acesso à água potável, em
 razão do desvio integral dos recursos recebidos do Estado para tal 
finalidade, conforme ocorrera na Comunidade de Desconfiança”. 
O
 governo estadual repassou ao município R$ 85 mil para a construção de 
uma rede de água, esgoto e drenagem. Tão logo recebeu o dinheiro, a 
prefeitura depositou o dinheiro na conta da empresa LR Rocha. O 
proprietário da empresa, Leonardo Rodrigues Rocha, sócio administrador 
da empresa confirmou, em depoimento ao Ministério Público, que a obra 
não foi executada, apesar de ter recebido o dinheiro. Ele informou que 
chegou a emitir uma nota fiscal, a pedido da prefeitura, dizendo que a 
obra havia sido concluída, para entregar ao governo de Minas. 
Os advogados dos suspeitos não foram encontrados para falar sobre o caso. (Hoje em Dia)